terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Valsa das Flores


As cinzas nuvens ainda surgem no meu ser.
Parece que nada é capaz de borrá-las ou apagá-las do meu espírito enfermo.
Elas somem por uns dias, mas voltam com uma pressão avassaladora carregada de solidão.

Como amo este silêncio!

Aconchegante e acolhedora ela vem
Mudando o clima e apagando a memória.
E ainda restam flashs de insuspiráveis momentos de agonia
No entanto, incapaz de apagar o amor pela vida, ela não me deixa.
Vem mostrar que posso morrer dançando a valsa das flores sozinha
Ou quem sabe sumir entre as ondas do mar que estão sempre a me chamar.
Bem que eu quis desta vez algo mudar
Levar meus sentimentos por outra correnteza e na tranquilidade navegar.
Todavia, tudo é feito sem consciência
A melodia é sempre a mesma, e estou cansada de tolerar.
Não sei mudar as notas nem tampouco reagir
Parece que voltei com toda a vontade de definitivamente me ferir.

-Adriana Lúcia -

As noites da minha vida...


As noites da minha vida...
De onde surgem as fantasias da ilusão
Onde atores que fazem parte dos nossos sentimentos
mudam suas máscaras em cada movimento.
Assim como a noite que tanto me faz sonhar acordada
É o amor que me mantém viva ao amanhecer do dia.
Minha noite não existe sem o medo que por tantas horas deixa-me de olhos abertos
Para ver e sentir as imaginações que crio no peito para ser feliz.
Dependo dessas criações que trazem o amor que eu respiro
Ou mesmo sem respirar posso sentí-lo
Pois a vida nada mais é que amor
Mas o amor não necessariamente traz contido a vida.
Tudo que sonho transformo em amor, em vida
As noites em dias
E meu rosto em fisionomias de palhaço que tudo transforma em verso, em melodia.
Aí, que lindas canções!
Que lindas poesias!
Como é bom sentir a dor podendo cantar
E fazer dos sofrimentos versos para poder sonhar...

- Adriana Lúcia -