As cinzas nuvens ainda surgem no meu ser.
Parece que nada é capaz de borrá-las ou apagá-las do meu espírito enfermo.
Elas somem por uns dias, mas voltam com uma pressão avassaladora carregada de solidão.
Como amo este silêncio!
Aconchegante e acolhedora ela vem
Mudando o clima e apagando a memória.
E ainda restam flashs de insuspiráveis momentos de agonia
No entanto, incapaz de apagar o amor pela vida, ela não me deixa.
Vem mostrar que posso morrer dançando a valsa das flores sozinha
Ou quem sabe sumir entre as ondas do mar que estão sempre a me chamar.
Bem que eu quis desta vez algo mudar
Levar meus sentimentos por outra correnteza e na tranquilidade navegar.
Todavia, tudo é feito sem consciência
A melodia é sempre a mesma, e estou cansada de tolerar.
Não sei mudar as notas nem tampouco reagir
Parece que voltei com toda a vontade de definitivamente me ferir.
-Adriana Lúcia -